Em comemoração aos 30 anos do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), celebrado no último dia 13 de julho, a cineasta Gisela Arantes, roteirista e diretora do documentário Mundo Sem Porteira – um alerta contra a exploração sexual de crianças e adolescentes, lança a seguinte reflexão: Como a Cultura pode contribuir para proteger as crianças e adolescentes?
“Acredito que o cinema e a cultura em geral, exerçam um papel fundamental nessa perspectiva da prevenção. Por meio da história de Thaís, o Filme revela as experiências de diversas meninas que passaram pela exploração, pelo abuso e o abandono. Com depoimentos de caminhoneiros, organizações para proteção, educadores, especialistas, líderes em Direitos Humanos e jovens engajados, apresenta uma visão multicausal do problema e de como solucioná-lo”, ressalta Gisela.
Assinado em 13 de julho de 1990, um dos seus principais avanços foi a concretização do artigo 227 da Constituição Federal (CF), que objetiva a proteção às crianças e adolescentes.
“É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”. (art. 227 da Constituição Federal).
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